Clinica Renata Fontany
O tempo frio é grande aliado de quem quer testar procedimentos mais agressivos e se renovar para o verão; dermatologistas indicam os melhores tratamentos
Os dermatologistas já sabem: é só chegar o outono que as salas de espera dos consultórios ficam lotadas. Depois de passar o verão ao sol, despreocupadamente, médicos e pacientes preferem o outono e inverno para fazer tratamentos estéticos. As estações mais frias do ano são recomendadas pelos dermatologistas para fazer os procedimentos mais invasivos.
Com dias mais curtos e escuros, essa é a época ideal para quem quer tentar um procedimento estético drástico, principalmente os que removem camadas superficiais da pele, pois a boa recuperação destas intervenções exige o mínimo possível de exposição ao sol. Além disso, a quantidade de roupas ajuda a esconder os possíveis efeitos indesejáveis que estes tratamentos produzem, como vermelhidão e hematomas.
Segundo Camila Moulin, dermatologista que atende as bronzeadas cariocas, o verão costuma ser bastante prejudicial à derme dos brasileiros que, culturalmente, não têm o hábito de usar filtro solar. “Rugas finas, manchas, perda do viço são os danos estéticos, mas a exposição solar contínua pode causar coisas mais graves como câncer de pele”, conta.
Camila ainda ressalta que a paciente não deve chegar ao consultório esperando mudanças da noite para o dia, pois “não existe milagre, existe programa de tratamento”, afirma.
Para Christiana Blattner, dermatologista de Campinas, é comum que o tratamento seja desperdiçado no verão por falta de manutenção dos cuidados com a pele. Se isso acontecer, o paciente não deve esperar que uma sessão seja suficiente para recuperar a tez, pois há a interrupção de um processo gradativo.
Quanto aos tratamentos mais procurados, lasers estão sempre em evidência. O laser de CO2 fracionado, por exemplo, está em alta. O tratamento, que dura no mínimo três sessões, estimula a produção de colágeno e suaviza sinais. Como é um procedimento leve, não exige que o paciente fique em repouso.
Tratamentos para flacidez também figuram entre os mais requisitados. Tanto para o rosto quanto para o corpo, o Ulthera, aparelho que usa radiofrequência, é “a vedete do momento”, segundo Christiana.
A depilação a laser, também popular, requer bom senso. Se a ideia é depilar regiões expostas, prefira o inverno, mas se o alvo for uma região que fica escondida, não há problemas se feita no verão.
Se você estiver pensando em preenchimento com ácido hialurônico ou aplicação de Botox, boa notícia: as injeções são liberadas em qualquer época do ano. A única ressalva é no caso de aparecimento de hematomas após a aplicação, o que é comum. Se isso acontecer, fuja do sol!
Para melhorar os resultados, o dermatologista paulistano Jardis Volpe recomenda o uso contínuo de cremes e de suplementos orais. Ele explica: “ativos como o silício orgânico e a glucosamina trazem grandes melhorias, que vão além dos tratamentos clínicos”. O médico ainda ressalta a importância de hidratar a pele no inverno, época mais seca. “Hidratantes manipulados, como os que contêm aquaporina, são muito bons”, conta.
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