
Outro grande culpado pelo excesso de peso na infância é o hábito de assistir à televisão. Estudos mostram que os comerciais de alimentos fazem apelo ao consumo de produtos altamente calóricos e pobres nutricionalmente. Uma pesquisa da Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto, analisou 640 horas de propagandas e correlacionou o resultado com hábitos de mais de 800 alunos entre 7 e 14 anos. Os comerciais de alimentos foram os mais freqüentes, sendo que 60% eram de produtos ricos em gordura, açúcar ou sal. No grupo pesquisado, 24% estavam acima do peso ou eram obesos e 73% assistiam a mais de duas horas de TV por dia.
Outro estudo mostrou que crianças acima do peso tendem a dobrar o consumo de alimentos quando são expostas a anúncios de comida na TV. Pesquisadores britânicos da Universidade de Liverpool compararam o consumo de comida em crianças de 9 a 11 anos após anúncios de brinquedos e de alimentos enquanto assistiam a um desenho animado. As mais gordinhas aumentaram a dose em 134%, já as de peso normal, em 84%. A conclusão é que o peso da criança é determinante na hora de decidir o que beliscar enquanto assistem à televisão e que os anúncios têm forte impacto nessa decisão. Mas os especialistas concordam num ponto: o papel dos pais é fundamental para reverter esse cenário.
Um futuro de peso?
Pesquisas sugerem fatores que podem levar à obesidade a partir dos 7 anos:
Excesso na gravidez: mães que engordam muito podem conceber bebês com tendência a ganhar peso
Bebês rechonchudos: os pequenos com peso e altura acima da média entre oito e dezoito meses têm mais tendência à obesidade
No primeiro aniversário: a criança não deve pesar mais do que o triplo do peso ao nascer nem crescer mais do que 25 centímetros
Dobrinhas em excesso: gordura localizada antes dos quatro anos é sinal de alerta
Tal pai, tal filho: a genética pesa, mas pais gordos podem servir como péssimo exemplo
Babá eletrônica: crianças com mais de três anos que passam mais de oito horas por semana assistindo à televisão
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