Os tratamentos que amenizam as mudanças na gestação e deixam você mais bonita
Para ativar a circulação e combater celulite, estrias e o inchaço Drenagem linfática é o tratamento estético mais indicado NA GRAVIDEZ para a gestante. É uma massagem suave e lenta, que ajuda a reduzir a retenção de líquido no corpo e diminui os inchaços típicos da gravidez, que aparecem principalmente no primeiro e no último trimestre, segundo Zsuzsanna Jármy Di Bella, ginecologista e obstetra da Universidade Federal de São Paulo – ela própria no quarto mês da segunda gravidez e em busca de uma brecha na sua agenda para a drenagem. 'É o que me permitirá calçar sapatos no nono mês', brinca. A drenagem deve ser feita por um profissional. O profissional pressiona e desliza a mão por todo o corpo, direcionando o excesso de líquido para os gânglios linfáticos, que trabalham para eliminá-lo pela urina. Academias, clínicas, spas, hotéis e até cabeleireiros oferecem o serviço. Para não correr riscos,procure uma clinica conceituada e uma indicação. Lisa Wajsbrot, 29 anos, psicóloga, no quarto mês de gestação, experimentou a drenagem, ao receber sinal verde de seu obstetra. 'Senti logo a diferença. Meu corpo desinchou, e me sinto mais disposta', conta. A drenagem ativa a circulação, que fica mais lenta por causa do aumento de sangue no corpo da gestante. 'E combate a celulite, pois diminui a retenção de líquidos, responsável pelos furinhos que se formam na pele', explica Carla Góes Sallet, cirurgiã plástica especializada em medicina estética e autora do livro Grávida e bela: um guia prático de saúde e beleza para gestantes (Editora Senac, 2001). Para a gestante que não gosta de massagem manual, a dermotonia, uma técnica francesa, pode ser a alternativa. É aplicada por profissional treinado, com um aparelho que faz uma levíssima sucção na pele, com os mesmos efeitos da drenagem manual . É a única técnica com aparelho que pode ser usada pela gestante. Se é a opção para você, cuidado: não a confunda com a endermologia, método semelhante, mas feito com sucção bem mais forte, imprópria para o período de gravidez. A aspiração pode causar varizes. Na gestação, os vasos ficam mais frágeis, devido ao aumento de volume sanguíneo.
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Hidratação da pele do primeiro ao nono mês As estrias, mais um sintoma comum na gestação, merecem sua atenção desde o início. Resultam do estiramento da pele, quando suas fibras se rompem. O problema aparece mais no abdome, coxas e mamas, partes que mais crescem na gravidez. Manter a pele bem hidratada é a melhor forma de prevenção. 'Pelo menos duas vezes ao dia, a grávida deve usar cremes que contenham uréia, vitamina E, lanolina e óleos em sua formulação. Não adianta, como muitas pensam, só usar óleos', sugere a dermatologista Lígia Kogos. Ela e outros especialistas apontam algumas opções: Maternité, da Payot , e o Mamãe e Bebê Emulsão Corporal para Gestantes, da Natura . Uma dica é usar os cremes na hora da massagem. A pele fica hidratada, e você aproveita para relaxar. Para isso, o cuidado importante é procurar profissionais ou clínicas preparadas para trabalhar com gestantes. É que, 'quanto mais avançada a gravidez, menos vigorosa deve ser a massagem', explica o ginecologista e obstetra Arnaldo Schizzi Cambiaghi, autor do livro Manual da gestante: orientações especiais para a mulher grávida (Editora Madras, 2001). Ele faz outros dois alertas. Não use hidratantes sobre os mamilos, pois a pele dessa região deve estar mais endurecida para suportar a sucção do bebê na amamentação. E, ao fazer massagens ou drenagens, monitore sua pressão arterial. A pressão das gestantes tende a ser mais baixa no início da gravidez e pode cair ainda mais, e rapidamente, com tratamentos relaxantes. Se isso acontecer, o perigo é diminuir a quantidade de oxigênio fornecido ao feto.
Máscara de alga marinha no abdome É o que a decoradora Alessandra Palomo, 32 anos, quase no fim do oitavo mês, usa para evitar estrias. 'Não é meu tratamento preferido, porque tenho de ficar 20 minutos parada. Mas não dá para arriscar ter estrias agora, quando já cheguei até aqui sem', diz Alexandra. Desde o início da gravidez, ela combinou a hidratação feita em casa com tratamentos em uma clínica de estética: drenagem linfática e dermotonia duas vezes por semana, além das máscaras de alga, ricas em vitamina E, um hidratante natural. Alexandra também deixou de lado os banhos de sol que adora, para evitar manchas na pele. Na gravidez, aumenta a chance de elas aparecerem, porque os hormônios estimulam a pigmentação da pele. A empresária Marcela de Souza Barros, 29 anos, no sétimo mês, não fugiu do sol. 'É meu único pecado, mas me protegi com filtro solar fator 30', conta. Marcela começou se cuidar no primeiro mês da gestação e encheu o armário com cremes, além de fazer drenagem. Ela acha que vale a pena encaixar os tratamentos entre uma reunião e outra no trabalho, pois hoje se acha mais bonita do que antes. 'Cuidar de mim grávida é uma delícia, a melhor parte do dia', diz. Estimulação elétrica não é bom Os tratamentos para combater flacidez, feitos com aparelhoscomo o F1 e o Lipolise, que utilizam corrente elétrica para estimular a musculatura, não devem ser usados na gravidez. 'Podem causar contração uterina e antecipar o parto', alerta a ginecologista Zsuzsanna Di Bella. A drenagem linfática feita por aparelho também só é indicada após o parto, pois não há controle da pressão exercida sobre o corpo. As terapias intradérmicas, ou mesoterapia, feitas com injeções de substâncias como a fosfatidilcolina (lipostabil), para combater gorduras localizadas e celulites, não devem ser usadas nem no pós-parto, se você estiver amamentando o bebê. Não se sabe se essas substâncias ultrapassam a barreira placentária ou se o bebê as absorve pelo leite materno. E esqueça o bronzeamento artificial. Os médicos acreditam que pode fazer mal ao feto, além de causar câncer. |
DEPOIS DO PARTO, calma! É tempo de se recuperar O parto foi bem, o bebê é saudável, você está amamentandoseu filho e se entendendo otimamente com ele. Leva cerca de um mês para as coisas entrarem assim nos trilhos. Para algumas mulheres, essa é a hora de se olhar no espelho e ter vontade de correr para a primeira academia ou clínica, pedindo o corpo de volta. Calma, porque nesse momento nem tudo é liberado. E certas operações nem valem a pena. Plástica, lipoaspiração e implantes de silicone na mama, por exemplo, só são recomendados de seis meses a um ano após o parto. 'A mulher deve ter paciência, porque esse é o tempo que o organismo leva para voltar ao normal. Antes disso, os resultados de cirurgia sofrerão interferência das mudanças que aconteceram na gravidez', diz o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Luiz Carlos Garcia. 'Primeiro, é melhor investir em exercícios e dieta, para depois pensar em plástica. Cirurgia é sempre um risco, que não se deve correr quando você acabou de ter um bebê que depende dos seus cuidados', diz Garcia. A médica Carla Góes Sallet já recebeu uma paciente que se arriscou à toa. 'Depois de apenas três meses do parto, ela colocou um implante nas mamas. Isso já foi ruim porque, depois de um ano, os seios tendem a aumentar, e o resultado final da cirurgia ficaria maior do que o esperado. Mas ela engravidou depois de quatro meses. As mamas incharam novamente e se encheram de estrias. Não houve problema para amamentar o bebê, porque o implante não interfere na produção das glândulas mamárias. Mas a mãe terá as estrias para sempre', conta.
Usufrua dos benefícios da amamentação Existem bons tratamentos estéticos para cuidar do corpo depois do parto. Mas nenhum tão natural e eficaz quanto amamentar seu filho. 'A amamentação, além de fortalecer o vínculo entre mãe e bebê, faz a mulher gastar cerca de 800 calorias por dia e estimula o útero a voltar ao normal', diz a pediatra Keiko Miyasaki Teruya, do Centro de Lactação de Santos (SP). Alimentação equilibrada e atividades físicas adequadas continuam importantes. As sessões de drenagem linfática podem ser retomadas 15 dias após o parto, dependendo da recuperação do corpo. Se surgiram estrias, é o momento de pensar nelas. Não há tratamento que as elimine, mas cremes com ácido glicólico, formulados por dermatologista, estimulam o colágeno da pele, com o efeito de tornar as estrias menos visíveis. Tratamentos com laser, microdermoabrasão (lixamento da pele) ou substâncias injetáveis para as estrias devem esperar pelo fim da amamentação. O laser pode causar manchas, já que os hormônios da gestação ainda estão atuando. Com as duas outras alternativas, há risco de infecção, que poderá exigir tratamento com antibiótico. Não é bom no período de aleitamento, pois pode afetar o bebê. Aparelhos de eletro-estimulação muscular, contra a flacidez, podem ser usados cerca de dois meses após o parto. A dica dos especialistas é começar pelas pernas, que não estarão tão frágeis quanto o abdome. No entanto, não há consenso entre eles sobre a eficácia dos resultados. APÓS O DESMAME, hormônios e formas voltam ao normal Cerca de três meses depois do desmame, você voltará a menstruar normalmente e – aí, sim – poderá contar com a normalização dos seus hormônios e de suas formas. É hora de cuidar das manchas que surgiram. Algumas, como a chamada 'linha alba' (que vai do umbigo ao púbis e aparece no fim da gestação), desaparecem sozinhas com o tempo. As outras podem s er tratadas com produtos à base de ácido retinóico, proibido na época da gravidez porque pode causar malformação no bebê. Na amamentação, há dúvidas sobre seu efeito, e os médicos preferem não arriscar: recomendam que não se use. Agora, as varizes e os pequenos vasinhos que surgiram na gravidez podem ser tratados com laser, sem risco de manchas. E, se o parto foi há seis meses, todos os outros tratamentos estão liberados. Com o avanço dos conhecimentos médicos, pode ser que você, assim como a empresária Marcela, chegue ao fim desse período mais bonita do que no começo. |
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